Se os médicos e enfermeiros estão até hoje na linha de frente no combate à COVID-19, não é errado dizer que os engenheiros, profissionais da construção civil e arquitetos estão na retaguarda dessa batalha. Além do que se imagina, uma estrutura hospitalar, o QG nessa pandemia, para usar as metáforas bélicas, deve ser muito bem pensado e executado para a maior segurança clínica. Fora isso, é impossível negar que a Construção Civil é uma das maiores fábricas de emprego nos tempos pandêmicos. Nesse escopo, a linha de frente e a retaguarda merecem uma salva de palmas.
Muitos são os pontos para comprovar isso. Várias obras e reformas hospitalares realizadas pela Formula Engenharia hoje são pontos de referência no combate à COVID-19, como a ala reformada do hospital Baía Sul, o Hospital de Caridade e a maior UTI privada de Santa Catarina no hospital SOS Cárdio, recém-terminado em 2019. Como muito bem definiu o Cônsul Honorário suíço e Sócio-Diretor do hospital cardiológico, Luiz Gonzaga Coelho, cidade “onde dez anos atrás se acreditava que o melhor hospital era o aeroporto Hercílio Luz” possui hoje uma UTI a nível Albert Einstein e Sírio-Libanês.
Florianópolis hoje é felizmente uma das cidades que mais salva vidas na pandemia, com mais de 700 mil recuperados segundo o Covidômetro da Prefeitura, sem a estrutura adequada, é difícil imaginar que teríamos resultados semelhantes, mesmo com os melhores médicos e profissionais da saúde.
Há também inúmeras outras empresas catarinenses prestando um serviço essencial à saúde e merecem reconhecimento. Recentemente, a firma Brasil ao Cubo, de Tubarão, conseguiu entregar um hospital para o combate à doença em tempo recorde de 35 dias, em São José dos Campos. A estrutura é permanente: diferente dos hospitais de campanha, ela somará para sempre um serviço essencial no mapa clínico da cidade.
E em Florianópolis, a IDEIN, do arquiteto Emerson da Silva, desenhou nos últimos anos diversas clínicas e hospitais que hoje dão suporte nessa luta. Além da clara assistência oferecida ao sistema de saúde, não podemos esquecer que a Construção Civil, mais do que auxiliar diretamente, gera milhares de empregos, criando riqueza e alimentando muitos catarinenses e brasileiros. Segundo o Ministério da Economia, este setor foi o que mais criou vagas de emprego no ano passado, cerca de 138 mil.
Devemos nossos agradecimentos e respeito a dois setores nessa guerra contra a CO-VID-19: à Construção Civil e à área da Saúde. Vale lembrar que a saúde só existe com uma economia estável, e o crescimento econômico depende obrigatoriamente de um bom estado de saúde. Não há um sem o outro, são dois lados da mesma moeda. O que nos resta agora é nos proteger, como forma de respeito aos profissionais e vítimas dessa pandemia, e crer que o fim da crise está mais próximo que imaginamos.
Gustavo Bulcão Vianna, Engenheiro Civil
Eduardo Reitz, graduando em Jornalismo e estagiário de Comunicação